quarta-feira, 26 de maio de 2010

Falsa moralidade

Pegue o seu calendário, hoje. Veja o ano, 2010. Hoje falar sobre sexo e sexualidade em geral é um assunto que ainda assim não tem tanta abertura nos meios sociais como se imagina. Imagine então falar 70 anos atrás, em 1940.

Essa é a proposta do filme Kinsey, que mostra a vida de um pesquisador (biólogo) que decide lançar um livro sobre sexo, indo de canto a canto dos Estados Unidos e entrevistando as pessoas mais diferentes para se obter uma abrangência maior de experiências.

Interessante é que o filme mostra a necessidade humana de se preservar uma moral em sociedade, fingindo seguir preceitos e idéias que seriam um "padrão" imposto, que em certas entrevistas mostram ser seguidos apenas na teoria. Homens e mulheres que assumem já ter relações homossexuais, o caso do professor que admitira já ter várias relações com crianças, casos como esses ilustram isso.

No filme, mostra que Kinsey perdeu muito do seu apoio (financeiro) após o "outro" livro que lançou (na vida real Kinsey lançou nove livros). Se a sociedade hoje, que é tida como "livre", já não é tão aberta quanto deveria, falando sobre tais assuntos em horários bem reservados e em doses quase que homeopáticas, na década de 40 era muito pior. Tudo isso pra sustentar uma falsa moralidade.

3 comentários:

  1. concordo plenamente com o que você diz no texto, a sociedade hoje ainda não é aberta para o assunto sexo, imagine nos anos 40 o quanto era
    intrigante falar sobre o mesmo .



    Tairane Oliveira.

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  2. É como pude perceber no livro O Doce Veneno do Escorpião;as pessoas dentro da sua intimidade muitas vezes são tudo aquilo que elas criticam, realmente se permitem ser quem são.
    Agora se colocarmoa essa "liberdade de expressão" dentro do âmbito social a figura muda de ângulo.

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  3. Como disse Caetano: Narciso acha feio o que não é espelho. Grande parte das pessoas, para não dizer todas, ao criticar, no fundo, queria isso ou aquilo para ela. Essa vontade de se dar ou nos dar um rótulo vem agregada com a necessidade de transformar a humanidade em grupos segregados e pronto. Cada um na sua, um longe do outro. Isso não é nem novidade nem tampouco recente. O homem sempre rotula o que o incomoda, sempre rotula e desdenha daquilo que é ou está presente nele. No caso da sexualidade não é diferente. A humanidade reprime seus desejos, anseios e os cambal, para poder posar de santinho, quando na verdade não é nada disso. Até as atitudes são diferentes da fala. Terminando com Caetano, já que comecei com ele: todo mundo quer saber com quem você se deita, nada pode prosperar....

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