segunda-feira, 24 de maio de 2010

Uso do Crack(artigo)


Resultante da mistura de cocaína, bicarbonato de sódio e água destilada, o crack tem seu consumo maior do que a maconha, pois seu custo é menor. Droga estimulante causa dependência física e possivelmente morte por agir no sistema nervoso central e cardíaco da pessoa.
Segundo dados apresentados em maio de 2010 pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) o número de usuários de crack hoje no Brasil está em torno de 1,2 milhões e a idade média para início do uso da droga é de 13 anos.
A situação do crack na Bahia, por exemplo, é algo alarmante. Caminhar pelas ruas do Centro Histórico de Salvador exige cautela dos visitantes e principalmente turistas. É necessário driblar usuários da droga que estão apenas esperando uma oportunidade para praticar um furto e depois alimentar seu vício, principalmente na região conhecida como Cracolândia, na Rua 28 de setembro.
O tráfico do crack, aliado ao comércio ilegal de armas, envolve crianças e adolescentes baianos, na esperança de ter uma vida melhor, ou mais fácil –como muitos dizem – entretanto têm-se como conseqüência vítimas de homicídios e chacinas na maioria das periferias e também no centro da cidade. O que deve-se ter consciência é que o número de traficantes presos e de pedras apreendidas poderiam ser mil vezes maiores, porém isso não significaria redução na expansão do crack, pois na realidade não são os presos os grandes traficantes, mas sim aqueles que “movimentam o negócio” nas zonas de tráfico.
O combate ao uso e tráfico de qualquer droga no ambiente infanto – juvenil deve ser feito com medidas socioeducativas e de inclusão social. Há a necessidade de que as autoridades esqueçam as palavras bonitas do lançamento de ações e campanhas e passem a tratar seriamente essa questão, de maneira mais eficiente impedindo a vulnerabilidade de uso e comércio.

Um comentário:

  1. Do Diário de Pernanbuco: http://www.diariodepernambuco.com.br

    "Três ministérios e uma secretaria para apresentar um plano nacional


    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai anunciar um pacote de medidas para combater o uso de drogas no país. O plano nacional, que será apresentado aos prefeitos de todo o país na quinta-feira, envolve três ministérios, a Secretaria Nacional Antidrogas (Senad) e terá como um dos focos principais o consumo do crack, que teve um aumento substancial, principalmente entre jovens. Um dos itens do projeto será a criação de centros de tratamento para drogados e a construção de 11 Postos Especiais de Fronteira (Pefrons) nos estados que fazem fronteira com países da América do Sul. O projeto será apresentado hoje ao presidente em exercício, José Alencar.



    O plano terá a coordenação do Ministério da Justiça, que ficará encarregado das políticas de repressão e prevenção. À pasta da Educação caberá a obrigação de disseminar nas escolas informações sobre o uso de drogas, enquanto o Ministério da Saúde deverá construir unidades de tratamento ao usuário, principalmente nas regiões em que há um volume excessivo de consumo, como nas cracolândias. A Senad vai elaborar programas para que a vítima seja tratada também em casa, uma tentativa de ressocialização do viciado.



    O governo já definiu que os postos espalhados pela fronteira contarão com a presença de representantes das polícias Federal, Rodoviária Federal, Militar e Civil, além da Força Nacional de Segurança Pública. Na carona da guerra contra o tráfico de drogas, serão combatidos outros tipos de crimes, como contrabando. Há ainda a intenção de aumentar os chamados territórios da paz, com novas unidades de Polícias Pacificadoras (UPPs) nos estados, que providenciam tratamento psicossocial para as famílias das vítimas e para os viciados.



    A decisão de adotar novas medidas contra o uso de drogas foi tomada pelo presidente, depois de um encontro entre vários ministros. Lula pediu que o projeto fosse feito em conjunto entre as pastas da Justiça, Educação e Saúde, além da Senad. “Esse tipo de droga (o crack) é o que nos preocupa mais”, disse o ministro da Justiça, Luiz Paulo Barreto. E ele justifica: o crack vicia mais rapidamente, o que demanda providências imediatas do poder público.



    Há uma semana, o assessor técnico do Ministério da Saúde Francisco Cordeiro, da Coordenação de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas, deu pistas de como será a participação da pasta no plano. As ações, segundo ele, devem contar com a ampliação do atendimento de dependentes nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), criação de casas de apoio, disseminação dos projetos de consultório de rua, além do aumento do número de leitos na rede pública de saúde.



    Os atuais 231 Caps específicos para o tratamento de usuários de drogas — de um total de 1.502 centros — são insuficientes para atender a crescente demanda de pessoas que desejam largar o vício.



    Circulação

    As autoridades não sabem estimar o volume de pedras que está à venda pelo Brasil, mas as apreensões realizadas pelas polícias mostram que a circulação da droga aumenta a cada ano. Em São Paulo, por exemplo, o crescimento foi de 370% em dois anos, enquanto no Paraná, há cinco anos, foram retiradas 118 mil pedras das ruas."

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