quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Trabalho sobre Homofobia

Não sei se todos sabem, mas além da disciplina de Oficina de Leitura e Escrita, eu também ensino Estudos Culturais. E minha turma de Gastronomia fez diversos seminários sobre preconceito (os mais diversos), sobre intolerância religiosa, preconceito racial, contra o gordo, contra o idoso e sobre homofobia. Todos apresentaram seus seminários com total liberdade. A equipe que falou sobre homofobia apresentou também alguns vídeos produzidos ou não por eles e encerrou com este clipe criado pela própria equipe de uma música muito linda. Vejam, Comentem, indiquem.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

idiossincrasia Política Eleitoral (Mais Forma e menos Conteúdo mais uma vez)



Bem como estamos em tempo de campanhas eleitorais, me surgiu o interesse de escrever sobre o tema. No texto abaixo analiso as presentes apresentações e posturas dos candidatos, confrontando com a realidade atual da sociedade a qual estamos, eu e vocês, inclusos.

Digo ainda antes de mais alguma coisa: “quem sou eu para assumir o que um cidadão de baixa renda sente na pele o dia-a-dia”. Falo daquele que dorme nas calçadas enrolados em sacos plásticos e são confundidos com animais, abordo sobre o cidadão que acorda cedo e enfrenta antes do trabalho, um transporte público de péssima qualidade. Só frisando a situação de Salvador que não tem um metrô, e suas obras passaram mandatos na administração de governos de ideologias partidárias de esquerda e direita e não se resolveu nada até o momento.

Mas a maioria da população por falta de instrução e muitas vezes também, por mera acomodação, não se mostram revolucionários para mudar a cara dos políticos do nosso país. Uma vez estudando durante a graduação o assunto Marketing Político, aprendi que o Marketing Eleitoral, este que está contido no Marketing Político, é executado meses antes das eleições, isso que o diferencia do Marketing Político. Mas o que mais achei interessante aprender, que na campanha política eleitoral  – A forma é mais importante que o conteúdo – Ou seja, os sorrisos, as roupas, a estética e a oratória persuasiva e enganadora são o que mais conta pra se disputar as eleições. Ressalto também os candidatos “artistas”, que só por possuírem fama, sendo em alguns casos até analfabetos funcionais, conseguem arrancar votos do eleitor com a maior facilidade, estes irão nos representar.

Meus caros, o idílico ganha as eleições. Quatro meses ou menos de superficialidades e mentiras principalmente, é o que influencia a opinião e determina conseqüentemente quem vai nos governar por oito anos seguidos. Você me pergunta agora oito anos? Não estou falando da legislatura de um Senador, mas já das próximas reeleições daqui a quatro anos. “Mesmo sendo um político ruim, é muito difícil perder a próxima” deve dizer o atual prefeito de Salvador. Acontece também quando o candidato não pode se reeleger mais depois de dois mandatos, então ele coloca outro em seu lugar, e pela sua influência constituída através do marketing político, este que é aplicado durante todos os anos de mandato e não só em quatro meses, reforça a campanha do atual candidato(a) apoiado e isso se dá mais oito anos de governo. Completando-se assim dezesseis anos seguidos.

Falo que é idílico porque o pais enfrenta problemas crônicos em todos os setores, política, economia, educação, drogas, segurança pública. Os políticos repetem mais uma vez, toda aquela ladainha, que confiem neles, pois irão fazer isso e aquilo e vão melhorar principalmente a educação, saúde e segurança pública. E com isso a maioria da população, sem senso critico, acomodados, iludidos e com suas bolsas de credito, o que pra mim, tipos de auxilio como este só confirma a grande miséria e pobreza da população que se influência fugazmente mais uma vez.

domingo, 19 de setembro de 2010

A influência da TV nos pontos de ônibus




Era um fim de tarde de sexta-feira no centro de Salvador. As pessoas saiam do trabalho em busca de descanso ou diversão. Alguns tomam uma cervejinha gelada ainda no ponto de ônibus, fazendo daquele momento um prazeroso Happy Hour.

E eu ali, esperando o transporte para ir pra casa e pensar em fazer algo mais tarde com minha tribo.
Um pouco mais atrás de mim, vejo chegarem duas jovens, pareciam serem aquelas secretarias tagarelas que não satisfeitas com o horário de trabalho roubado pra conversar tanta baboseira, continuam demasiadamente conversando incansavelmente no ponto de ônibus. Enquanto elas chegam, um mendigo lhe pedem uma ajuda. Absolutamente ignorado, de forma mal educada e grosseira pelas garotas, ele se retrai, aceitando o que acabara de passar. Eu vou até ele, estendo a mão e lhe dou algumas moedas. Sou agradecido com um sorriso.

As moças continuam chamando atenção, dessa vez com gestos extravagantes, vozes e risadas absurdamente altas. Passei a prestar atenção no conteúdo da conversa delas. O assunto permeava sobre a historia de um rapaz de família rica e que se envolveu com drogas. Ele tinha o apoio da família e dinheiro para tentar resolver seu problema, apoio que nem todos tem e talvez fosse esse o problema do rapaz ali atrás que se tornou um mendigo. Mas o rapaz o qual elas falavam, só queria badalação.
Segue um trecho da conversa das pobres garotas:
Uma delas diz:

-       Ele é lindo e rico, vai sair dessa.
-       Eu torço pelo sucesso dele. Disse a amiga
-       Já pensou encontrarmos com ele numa festa?

- Ouve-se gargalhadas e ambas continuam a falar sobre o assunto, enquanto chamam atenção do ponto de ônibus lotado.

-       Eu morro de pena dele amiga, tem uma família que não lhe da atenção direito e foi por isso que ele entrou nessa das drogas e se tornou um viciado.
-       Concordo com você amiga, ele está certo de ir nas festas e detonar o cartão de crédito do pai.
-       Eu queria que ele gastasse comigo!
-       Afirma enfaticamente em voz alta, praticamente gritando, umas das tagarelas, que imediatamente tem o apoio da amiga e riem muito alto daquela imbecil conversa.

Enquanto espero o transporte, pego uma cerveja e acendo um cigarro. Com isso consigo me desligar daquelas pobres moças. Os seus gritos e gestos já não me incomodam mais. Fico conversando com o casal agradável do isopor que me rendeu uma prosa aprazível e algumas latinhas vazias.
Em fim, uma delas pega o ônibus, e da janela grita, me irritando novamente e chamando a atenção de todos que esperavam ali naquele inicio de noite para irem pra casa.

-       Amiga! Não esquece de assistir a novela e me liga nas partes interessantes.
-       Certo. Hoje ele vai brigar na boate e bater o carro, mas fica tudo bem com ele. Eu li na revista hoje no escritório.

Enquanto isso o mendigo continuava pedindo a algumas pessoas que o atendiam e outras o ignoravam assim como fizeram aquelas pobres moças, que delas sim,  eu tenho pena.
Chega meu ônibus, e agora vou curtir o meu final de semana. Se não encontrar com esse tipo de imbecis, sem realidade, em alguma para