domingo, 24 de outubro de 2010

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

SOBRE SUSTENTABILIDADE



Nos dias atuais percebe-se a grande importância do Marketing Institucional ou como queiram, a nova onda da sustentabilidade. Grandes empresas e instituições comerciais na grande maioria, começam a adotar esse modelo de responsabilidade solidária afim de ficaram com boa impressão perante aos olhos dos consumidores.

O mesmo comprador(a) que muitas das vezes, nem faz uma coleta seletiva de lixo em sua casa e nem controla o tempo do banho e o gasto de energia, adota de utilizar produtos como da Natura, Petrobras, Braskem, Camargo Correia, Suvinil, dentre outras empresas, as quais atuam incessantemente em ações de marketing, não só no segmento ambiental mas cultural, esportivo e social. E com esse tipo de ações, ganham destaque e conseqüentemente a preferência do público-alvo, que consome na intenção de estar fazendo a melhor escolha solidária.

Mas há muitos paradoxos. Um deles é se o produto da empresa sustentável for mais caro que o concorrente não sustentável, com absoluta certeza, a maioria dos consumidores preferirão o produto que, por fim,  menos pese no seu bolso. Outra contradição é que algumas destas empresas são responsáveis por danosos acidentes ambientais, desastres ecológicos, contaminações e poluição da natureza.

Hoje a empresa mais bem vista na percepção do consumidor Brasileiro é a Petrobras. Mas quantos acidentes ambientais esta instituição já causou? Hoje acredito que ela seja mais responsável e mais preparada para controlar muito bem suas extrações. Mas por se tratar de uma empresa que extraí matéria prima extremamente poluente, não podemos descartar que acidentes ecológicos aconteçam.

Um drástico acidente ambiental e fresco na nossas mentes, é o derramamento de óleo que ocorre no Golfo do México, que aliais segundo estudos, seus danos serão estendidos para a Europa, atingindo países como a França e a Inglaterra. Seus estragos já matam corais próximos a ilhas e a paraísos naturais, e que podem desaparecer por não possuir mais essa proteção natural. Infectam animais e desempregam pescadores, causando caos na natureza e na economia de diversas sociedades.

E é isso que me preocupa. A gasolina brasileira continua uma das mais caras do mundo, apesar do país ser um dos maiores produtores mundiais, de ter descoberto diversas jazidas de petróleo no fundo do mar, de ser uma empresa estatal, ela é como qualquer outra empresa que utiliza matéria prima da natureza. Desejo que quando começarem a explorar as jazidas de Pré-Sal, não ocorram acidentes ecológicos danosos, que nossa gasolina baixe de preço, que a estatal sirva de verdade como responsável solidária, investindo como prometido pelo Presidente da República Lula, em áreas como: Saneamento Básico, Educação, Saúde dentre outros setores precários da sociedade e que realmente precisam de  responsabilidade social.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Arriscando-me: A Rosa o Lírio dentre outras flores...



Ambas com suas pétalas encantadoras
Carregadas de sentidos, de cheiros e gotículas
Estejam elas no bosque ou na mesa da garota adorada
Cada uma delas emerge de um sentimento
Que nenhum verso se pode falar
Nem a boca pode-se explicar
Quanto a sensação no ato de quem dar
E de quem recebe flores.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Relendo a Felicidade

Felicidade Clandestina

“Não quero ter a terrível limitação de quem vive o que apenas é passível de fazer sentido. Eu não: quero uma verdade inventada.”

Clarice Lispector

E foi assim... que lemos e relemos, sentimos,inventamos, recriamos A Felicidade Clandestina, de Clarice Lispector.

Felicidade Clandestina

Eram duas garotas que moravam no Recife.Carolina era magra, alta, tinha cabelos lisos e loiros, Débora era gorda, baixa, tinha cabelos crespos e ruivos e não tinha gosto pela leitura.
Certa vez na escola, Débora informou a Carolina, em uma de suas conversas , que possuía o livro " As Reinações de Narizinho", de Monteiro Lobato.Carolina muito animada, resolveu ousar pedir o livro emprestado e obteve como resposta que o teria no dia seguinte.
Pela manhã, Carolina acordou bem agitada, tomou um copo de leite, deu um rápido " tchau" a sua mãe e saiu.Chegando a casa de Débora, logo percebeu a diferença entre o sobrado em que vivia e a maravilhosa casa que estava diante de seus olhos.Débora atendeu-a na porta e avisou que havia emprestado o livro, tão desejado, à outra pessoa e que Carolina voltasse no dia seguinte.
Foi assim, que na manhã de quarta-feira de primavera, Carolina passou novamente na casa de Débora e, apesar do grande sorriso e expectativa, soube que o livro ainda não estava sob posse da garota e então percebeu que aquela cena iria se repetir como um plano diabólico.
Carolina sabia que o tempo para obter o livro era indefinido e, continuava a ir a casa de Débora diariamente. Até que um dia, quando estava ouvindo mais uma recusa, Carolina surpreendeu-se com a aparição da mãe de Débora, que estranhara aquelas visitas matinais.Ela pediu explicações às meninas e a situação ficou confusa, até que virou-se para a filha relatando o fato do livro nunca ter saído da casa, até porque Débora não havia se interessado pela leitura.
Entendendo o plano e perversidade da filha, dona Maria fez questão de emprestar o livro a Carolina e avisou que ficasse com ele por quanto tempo precisasse.
Carolina recebeu o livro estonteada e saiu devagar.Chegando em casa, nem começou a lê-lo, criava dificuldade para aquilo que considerava uma felicidade clandestina.

Por Laís Lopes, Thaís Barcellos e Weslei Gomes.

domingo, 17 de outubro de 2010

Reescrevendo " Felicidade Clandestina"

Praticar o hábito de leitura, para muitos alunos de uma escola em Recife, era uma tortura, ninguém queria perder tempo em uma monotonia imensa.Mas nem todos pensavam assim, Clara era apaixonada por livros, flutuava e fantasiava tudo o que lia, porém não tinha condições financeiras para obter os livros desejados.Todos se encantavam com ela, tão diferente. Apesar de ser uma garota com uma beleza invejável, ela pouco se importava com esses requisitos, tudo o que queria era ler e ser uma grande escritora. Passava horas e horas vislumbrando a vitrine da livraria, e seu maior sonho era obter a coleção de Monteiro Lobato, bem aquela exposta na vitrine e também a mais cara.
Dina, sua colega e filha do dono da livraria, sempre se enfurecia com Clara, pois ela sempre ficava na porta da loja e seus pais sempre fazia comparações com ela ainda mais por Dina ser uma garota sem atrativos, não tinha nem o gosto pela leitura, mas tinha todos os livros, porém nunca teve o mínimo de interesse pela leitura.
Ela se sentia triste e com raiva de Clara, pois todos a esqueciam e ficavam sempre a exaltar a garota bonita, mas isso não seria somente triste para ela.Clara também precisaria de uma lição, se o que ela mais queria era os livros de Monteiro Lobato, teria que se humilhar aos pés de Dina.
Então, a menina começou a espalhar pela escola que tinha muitos livros e os de Monteiro Lobato eram os melhores, e Clara, ao escutar aquilo pediu-os emprestados, a garota com cara de sonsa disse que que ela poderia ir até sua casa e pegar, mas que ela chegasse cedo pois tinha outras pessoas querendo ler também.
No outro dia cedo, Clara foi em busca de seu sonho, com uma alegria imensa nos olhos.Mas, ao chegar na casa de Dina e pedir o livro, teve uma grande decepção, o livro já não estava lá e então foi embora triste, mas logo essa tristeza se dissipou, pois ela sabia que ia ter o livro no outro dia, mas essa tortura perpetuou por muito tempo. Mas outro dia em que fora até a casa de Dina, foi recebida pela mãe da garota e contou-lhe o que tinha ido buscar. A mulher ficou surpresa, e percebeu que a filha estava caçoando da cara de Clara, então pegou toda a coleção e entregou para Clara e disse que era um presente. A menina não se conteve e desabou em lágrimas, mas não de tristeza, sim de alegria. Então pegou os livros e saiu agarrada a eles, como se fosse tudo o que possuísse na vida.



Tairane Oliveira
Sandra Queiroz

sábado, 16 de outubro de 2010

Coitados dos barraqueiros? E os banhistas? E a natureza?


Caros amigos e colegas leitores, me desculpem a demora em escrever. Recebi pedidos então lá vai um texto pra matar a vontade minha e de vocês. Para quem interessa:


Na manhã de um feriado desses, lá vou eu pegar uma praia, tomar uma cerveja gelada, sentar, comer e conversar sem hora pra voltar para casa com minhas companhias. Escolhi parar de primeira bem ali pelos arredores de Jaguaribe. A primeira conversa que surge é sobre a situação dos barraqueiros. Coitados estes, banidos de trabalhar dignamente nas praias de Salvador e Região Metropolitana.

Os comerciantes por sua vez se viram, levam nos seus isopores e freezers: cerveja, água, refrigerantes, água de côco. As baianas de acarajés continuam vendendo seus quitutes deliciosos pra nossa sorte. Cadeiras, mesas e sombreiros se tornaram opções de luxo e estão sendo extremamente disputadas pelos banhistas que chegam alugar na mão dos barraqueiros por R$ 20,00 uma mesa com 4 lugares e um sombreiro. Um tremendo absurdo.


Sem direito a passar cartão de crédito ou de debito automático, somos obrigados à levar quantidades de dinheiros nos bolsos, correndo o risco de molhar e ou perde-lo, coisa que até então, antes das demolições das barracas não era preciso. Os comerciantes tinham as benditas maquininhas práticas. E com certeza sem elas ficou muito ruim. Sem praticidade e dinheiro molhado.

Não ouse chegar a partir das 10 da manhã pois, não achará mesa pra se sentar. E exatamente foi isso que aconteceu conosco. Toda vez que conseguíamos ver uma mesa vazia, já tinham pessoas à espera.

Resolvemos então ir para Praia do Flamengo. Mas antes ainda em Jaguaribe, andando pela areia tentando achar uma mesa, não observei uma lixeira sequer. O que pude ver, foi a drástica situação das praias, extremamente cheias de lixos que eram jogados, em um gesto cômodo, pelos irresponsáveis banhistas. Tive a noção ali do homem porco. Ah e esse sim, não deve se importar com a ausência dos chuveiros.

Na saída para pegar o carro, um senhor, funcionário que organizava os estacionamentos da Prefeitura, me mostrou fios desencapados que podiam causar acidentes e me pediu que avisasse aos que estavam comigo sobre o perigo. E foi o que aconteceu no local apontado. Fiquei sabendo mais tarde ao chegar em casa, quando lia o jornal online, que dois jovens se machucaram ao pisar naquele fio elétrico. Choque!

Ao chegarmos na Praia do Flamengo, esquecemos que não existiam mais aquelas barracas legais. E sem mesa e sem cadeira, ou sem lenço e sem documento, passamos alguns minutos, talvez uma hora e partimos todos embora para casa.


A situação naquela praia era melhor em relação a sujeira. Na praia não vi lixo, mas as calçadas, estavam quebradas e com os restos das barracas. Muitos vergalhões enferrujados e escondidos pela areia, atuavam como armadilhas na iminência de causar um acidente. Para piorar a falta de mesas, cadeiras e das benditas maquininhas de cartão de crédito continuavam a incomodar todos.

Enfim, ir na praia agora só bem preparado. Com mesa, cadeiras, sombreiro, caixa térmica e tudo o que for utilizar. Não esqueça também de levar garrafas de água para tirar o sal,  e seu saco de lixo que nem precisa ser biodegradável.


E segue sem planos para os barraqueiros e também para os banhistas, enquanto os políticos insistem em me atormentar, pedindo votos no horário político eleitoral. Eu não consigo ter satisfação.


Vão se foder políticos filhos da puta! Moleques, hipócritas, cretinos, sacripantas e vigaristas.


Leitores desculpem os termos!


Até quando esse pesadelo continua?

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Chimamanda Adichie: O perigo de uma única história

A quem interessa:

(Parte 01)


(Parte 02)