sábado, 16 de outubro de 2010

Coitados dos barraqueiros? E os banhistas? E a natureza?


Caros amigos e colegas leitores, me desculpem a demora em escrever. Recebi pedidos então lá vai um texto pra matar a vontade minha e de vocês. Para quem interessa:


Na manhã de um feriado desses, lá vou eu pegar uma praia, tomar uma cerveja gelada, sentar, comer e conversar sem hora pra voltar para casa com minhas companhias. Escolhi parar de primeira bem ali pelos arredores de Jaguaribe. A primeira conversa que surge é sobre a situação dos barraqueiros. Coitados estes, banidos de trabalhar dignamente nas praias de Salvador e Região Metropolitana.

Os comerciantes por sua vez se viram, levam nos seus isopores e freezers: cerveja, água, refrigerantes, água de côco. As baianas de acarajés continuam vendendo seus quitutes deliciosos pra nossa sorte. Cadeiras, mesas e sombreiros se tornaram opções de luxo e estão sendo extremamente disputadas pelos banhistas que chegam alugar na mão dos barraqueiros por R$ 20,00 uma mesa com 4 lugares e um sombreiro. Um tremendo absurdo.


Sem direito a passar cartão de crédito ou de debito automático, somos obrigados à levar quantidades de dinheiros nos bolsos, correndo o risco de molhar e ou perde-lo, coisa que até então, antes das demolições das barracas não era preciso. Os comerciantes tinham as benditas maquininhas práticas. E com certeza sem elas ficou muito ruim. Sem praticidade e dinheiro molhado.

Não ouse chegar a partir das 10 da manhã pois, não achará mesa pra se sentar. E exatamente foi isso que aconteceu conosco. Toda vez que conseguíamos ver uma mesa vazia, já tinham pessoas à espera.

Resolvemos então ir para Praia do Flamengo. Mas antes ainda em Jaguaribe, andando pela areia tentando achar uma mesa, não observei uma lixeira sequer. O que pude ver, foi a drástica situação das praias, extremamente cheias de lixos que eram jogados, em um gesto cômodo, pelos irresponsáveis banhistas. Tive a noção ali do homem porco. Ah e esse sim, não deve se importar com a ausência dos chuveiros.

Na saída para pegar o carro, um senhor, funcionário que organizava os estacionamentos da Prefeitura, me mostrou fios desencapados que podiam causar acidentes e me pediu que avisasse aos que estavam comigo sobre o perigo. E foi o que aconteceu no local apontado. Fiquei sabendo mais tarde ao chegar em casa, quando lia o jornal online, que dois jovens se machucaram ao pisar naquele fio elétrico. Choque!

Ao chegarmos na Praia do Flamengo, esquecemos que não existiam mais aquelas barracas legais. E sem mesa e sem cadeira, ou sem lenço e sem documento, passamos alguns minutos, talvez uma hora e partimos todos embora para casa.


A situação naquela praia era melhor em relação a sujeira. Na praia não vi lixo, mas as calçadas, estavam quebradas e com os restos das barracas. Muitos vergalhões enferrujados e escondidos pela areia, atuavam como armadilhas na iminência de causar um acidente. Para piorar a falta de mesas, cadeiras e das benditas maquininhas de cartão de crédito continuavam a incomodar todos.

Enfim, ir na praia agora só bem preparado. Com mesa, cadeiras, sombreiro, caixa térmica e tudo o que for utilizar. Não esqueça também de levar garrafas de água para tirar o sal,  e seu saco de lixo que nem precisa ser biodegradável.


E segue sem planos para os barraqueiros e também para os banhistas, enquanto os políticos insistem em me atormentar, pedindo votos no horário político eleitoral. Eu não consigo ter satisfação.


Vão se foder políticos filhos da puta! Moleques, hipócritas, cretinos, sacripantas e vigaristas.


Leitores desculpem os termos!


Até quando esse pesadelo continua?

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