segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Felicidade Clandestina

Eram duas garotas que moravam no Recife.Carolina era magra, alta, tinha cabelos lisos e loiros, Débora era gorda, baixa, tinha cabelos crespos e ruivos e não tinha gosto pela leitura.
Certa vez na escola, Débora informou a Carolina, em uma de suas conversas , que possuía o livro " As Reinações de Narizinho", de Monteiro Lobato.Carolina muito animada, resolveu ousar pedir o livro emprestado e obteve como resposta que o teria no dia seguinte.
Pela manhã, Carolina acordou bem agitada, tomou um copo de leite, deu um rápido " tchau" a sua mãe e saiu.Chegando a casa de Débora, logo percebeu a diferença entre o sobrado em que vivia e a maravilhosa casa que estava diante de seus olhos.Débora atendeu-a na porta e avisou que havia emprestado o livro, tão desejado, à outra pessoa e que Carolina voltasse no dia seguinte.
Foi assim, que na manhã de quarta-feira de primavera, Carolina passou novamente na casa de Débora e, apesar do grande sorriso e expectativa, soube que o livro ainda não estava sob posse da garota e então percebeu que aquela cena iria se repetir como um plano diabólico.
Carolina sabia que o tempo para obter o livro era indefinido e, continuava a ir a casa de Débora diariamente. Até que um dia, quando estava ouvindo mais uma recusa, Carolina surpreendeu-se com a aparição da mãe de Débora, que estranhara aquelas visitas matinais.Ela pediu explicações às meninas e a situação ficou confusa, até que virou-se para a filha relatando o fato do livro nunca ter saído da casa, até porque Débora não havia se interessado pela leitura.
Entendendo o plano e perversidade da filha, dona Maria fez questão de emprestar o livro a Carolina e avisou que ficasse com ele por quanto tempo precisasse.
Carolina recebeu o livro estonteada e saiu devagar.Chegando em casa, nem começou a lê-lo, criava dificuldade para aquilo que considerava uma felicidade clandestina.

Por Laís Lopes, Thaís Barcellos e Weslei Gomes.

Um comentário:

  1. Muito bem, meninos.Como o texto digitado e publicado num espaço real ganha outro status, hein? Muito bom, mesmo. parabéns!
    Maria Laura

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