sábado, 10 de dezembro de 2011

Campanha UNHATE contra o ódio e o preconceito [TEXTO INTERDISCIPLINAR]



Uma empresa italiana lançou uma campanha polêmica contra o ódio e o preconceito com cartazes espalhados pelas cidades de Roma e Milão. Mas com a globalização a campanha tomou proporções maiores nas redes sociais. Várias fotos manipulações foram feitas com vários tipos de líderes se beijando: o papa Bento XVI com o imã do Cairo; Barack Obama com o presidente da Venezuela Hugo Chávez; Chanceler Alemã Ângela Merkel e o presidente francês Nicolas Sarkozy; e ainda Obama também com o presidente da China Hu Jintao.
Desde os anos 80, com o fotógrafo Oliviero Toscani, o grupo Benetton usa imagens de impacto em suas campanhas, que tratavam de temas controversos como a discriminação de portadores do vírus da AIDS e a violação de direitos humanos. Os especialistas chamam a estratégia de "propaganda de choque", considerada uma maneira de ganhar a competição pela atenção do público. O que para o grupo, no passado chegou a dar certo. Mas o que pode ter dado errado em 2012? Primeiramente devemos analisar a juventude de hoje, já que as divulgações das imagens foram feitas preferencialmente por jovens em suas redes sociais com opiniões diversas. A juventude de hoje prefere que uma empresa seja ecologicamente correta, as questões ambientais têm ganhado bastante espaço entre eles.
As questões mais "delicadas" como as de homofobia que vem afetando e dividindo opiniões em toda a população ainda deve ser abordada de uma forma mais branda para não resultar em revolta e em mais atitudes preconceituosas, segundo os jovens. Por isso a campanha não foi bem quista por essa parte da sociedade. Além de que, o Vaticano considerou a fotomontagem um desrespeito ao Papa Bento XVI "um uso inaceitável da imagem do Santo Padre, manipulada e instrumentalizada no marco de uma campanha publicitária com fins comerciais." Eles ainda dizem que "trata-se de uma grave falta de respeito com o Papa, uma ofensa aos sentimentos dos fiéis, uma demonstração evidente de como uma publicidade pode violar as regras elementares do respeito às pessoas para atrair a atenção mediante uma provocação" com isso a campanha também foi criticada pelos fiéis.
A campanha "UNHATE" (não ódio) tinha como finalidade não apenas a homofobia, mas sim o preconceito e o ódio geral, entre presidentes de países que não se dão bem, entre líderes religiosos que pregam a intolerância, mas só o que se pôde captar foi o beijo homossexual. A sociedade ainda rejeita qualquer abordagem que dê a entender que elas são forçadas a aceitar o que a mídia passa, eles acreditam que possam fazer comentários preconceituosos apenas a base da desculpa de "liberdade de expressão. Percebe-se com isso que o assunto ainda é muito delicado para ser trato de maneira "banal" já que a idéia seria conscientizar e não excitar uma rebelião de proporções grandiosas por causa da facilidade de comunicação nas redes sociais.


Manuela Freitas de Medeiros – 4° semestre Publicidade e Propaganda

6 comentários:

  1. Muito propício para o dia de hoje, 10/12 dia internacional dos direitos humanos....

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Obrigada professora! ;)
    Marcelo, eu não sabia que o dia 10/12 era o dia internacional dos direitos humanos, mas serviu direitinho mesmo! ;)

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  4. Sobrinha!!!! Você é muito boa.Esta no caminho certo, parabéns.

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  5. O problema não é ter Aids, não é ser Gay, não é ser Negro, não é ser Nordestino, não é ser Pobre, o problema é ser Preconceituoso. Xô Preconceito.

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