domingo, 11 de dezembro de 2011

HOMOSSEXUAIS NAS TELENOVELAS [TEXTO INTERDISCIPLINAR]



Vivemos em um mundo onde há uma grande quantidade de homossexuais. Com isso também passou a existir pessoas que tem preconceito contra esses homossexuais, esse preconceito existente é conhecido como homofobia. Entretanto a palavra homofobia pode significar o medo que uma pessoa pode ter em se torna homossexual ou então para nomear qualquer aversão ou discriminação perante aos homossexuais.
É muito comum nos dias de hoje termos ouvido casos de pessoas que foram vitimas de agressões físicas ou verbais por serem homossexuais. Porem, por esses casos terem tido uma grande repercussão no dia a dia da nossa sociedade (sendo muitas vezes casos de agressões sem devida punição ao agressor) os meios midiáticos começaram a serem utilizados como porta voz das pessoas agredidas. Também é utilizado como um meio de conscientizar a população sobre o que é ser um homossexual e sobre o que é homofobia e quais são as medidas que devem ser tomas contra quem pratica essa discriminação.  A atitude da mídia é válida quando utilizada para contribuir com a disseminação do valor ao ser humano e respeito às diferenças, exceto em casos que a construção do argumento se vale de estratégias polêmicas que desviam o objetivo principal da abordagem do tema.

No entanto, ainda percebemos dificuldade da mídia em abordar o assunto, a exemplo da Rede Globo que em suas telenovelas costuma decidir por não dar grande ênfase à história dos casais Gays. Insensato Coração foi a novela com maior número de Homossexuais dos últimos tempos. Nada de apologia homossexual. Por ordem da Rede Globo, os autores Gilberto Braga e Ricardo Linhares esfriaram a temática homossexual da trama, principalmente o namoro entre Eduardo (Rodrigo Andrade) e Hugo (Marcos Damigo), que vinha ganhando destaque.  Como sempre o discurso venceu a postura. Há muito tempo que a emissora tem dificuldade em tratar do assunto, apesar da presença marcante de personagens homossexuais nas tramas, as cenas de beijo, ou de sexo entre os personagens estão sempre subentendidas. Quando um casal homossexual ganha destaque na trama, os autores recorrem à polêmica causada pela homofobia e direcionam a história para algum quadro de violência.  Foi o que ocorreu com o garoto Gilvan interpretado por (Miguel Roncato). O personagem foi assassinado por “Pitboys” de forma muito violenta e chocante. O que causou grande revolta no público, e por sua vez, abafou a relação entre Eduardo e Hugo.

A Rede Globo sempre se esquiva quando o assunto é exibir cenas que mostrem relações entre homossexuais. A emissora trata o assunto como exaltação ao tema.

“Em nota oficial, a Central Globo de Comunicação (CGCOM) afirma que não há censura e alega que suas histórias são levadas a todos os tipos de públicos. "Nossas tramas registram a afetividade e o preconceito, mas não cabe exaltação. Cabe, sim, combater a intolerância, o preconceito e a discriminação contra elas, o que temos estimulado cotidianamente inclusive por meio de campanhas". 

Sem exaltação
Júlio Moreira, presidente do Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT, lamentou o veto ao romance homossexual. "Não entendo o medo da Globo em relação a essa temática. Está na hora de a emissora assumir o seu papel de líder e buscar o debate para diminuir o preconceito. A Globo tem que repensar seus valores conservadores".

A emissora permanece com o discursso da não exaltação a qualquer opção sexual. O que não procede, já que nos deparamos com imagens que exaltam a relação entre heterossexuais a ponto de trazer constrangimento ao telespectador. Não acreditamos que os telespectadores em sua maioria, possam sentir constrangimento com a exibição do relacionamento entre homossexuais, ao contrário, por muitas vezes a população se mostrou frustrada por ter as cenas cortadas pela Emissora. Entendemos que se o preconceito existe, que seja debatido, discutido e que a atitude seja repensada. Não só basta incentivar a conviver com as diferenças é preciso agir de modo cordial e igualitário com a opção de cada um, a posição inerte de alguns segmentos da mídia é exclusivamente conveniente a Homofobia.


Por: Rebeca Fucs, Tamile Vidal e Regina Gomes - Publicidade e Propaganda, 4º Semestre.

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