domingo, 4 de abril de 2010

POUCA VERGONHA?


Ficarias mais feliz se eu ficasse calado? Se eu não me pronunciasse? Pena que não posso agradar a todos... Protesto velado não vale, ele tem de ser verbalizado. Fico imaginando como os gregos vivam felizes naquela época em que não existia o preconceito, em que não havia esse ranço que a Igreja Católica nos faz engolir desde a Idade Média. Muita coisa mudou dessa época para cá, mas isso é uma outra história que não caberia aqui neste blog. Antes dos hipócritas, nada era rotulado. Nada mesmo. Buscava-se apenas o prazer, antes de tudo, e independente de tudo. O que importava era o AMOR, não importando se o ser amado era do mesmo sexo ou não. Bem que hoje em dia poderia ser assim, né? Amor incondicional. Assim como Lulu considero justa toda forma de amor. Acredito que há hoje coisas muito mais importantes para nos preocuparmos, como a fome, a miséria, o analfabetismo, a AIDS, a violência, do que ficar discutindo sobre a sexualidade do nosso semelhante. O homem lutou tanto para que houvesse uma certa evolução, ou revolução, tecnológica, mas nossas mentes continuam no tempo da inquisição. “Tornamo-nos deuses da Tecnologia, mas permanecemos macacos da vida”. Pois é, recebi este cartaz de um amigão que mora no Espírito Santo, o Dave, que está na foto de camisa verde. Acho que faz parte de uma campanha do governo de lá. Muito bacana. “Pouca vergonha é o seu preconceito”. Pouca vergonha é o salário mínimo. Pouca vergonha é a fome. Pouca vergonha é o analfabetismo. Pouca vergonha é a saúde no Brasil. Pouca vergonha é guerra. Pouca vergonha é a violência. Pouca vergonha é a falta de cultura e de educação. Pouca vergonha é a AIDS assolando o mundo e a Igreja Católica impedindo seus fiéis de usarem camisinha. Pouca vergonha são os padres abusarem sexualmente de crianças. Pouca vergonha é tanta coisa. Pouca vergonha é a falta de amor. AME-SE. PERMITA-SE. SEM AMOR NÓS NADA SERÍAMOS.

2 comentários:

  1. A punição é múltipla. Ela é psicológica, corporal, opressiva, midiática e de opinião pública, acontece julgada através do preconceito da sociedade que acomodada não percebem que o homossexualismo não é um problema, e, ademais, um crime passível de julgamentos. A partir do momento em que o individuo não quer ser homossexual e ao mesmo tempo, ele respeita os que são, no ambiente de trabalho, na rua, na família, e não lesá-los a sua integridade moral e física pelo fato do dele(a) ser homossexual, isso sim é válido. Existem coisas passíveis de repulsa e de abominação que merecem maior atenção da sociedade como, por exemplo: a política, os preconceitos, o sujeito mau caráter, a falta de escolaridade do povo Brasileiro, o comodismo, a falta de cultura do nosso povo, a fome, o transporte público, a falta de moradia, o conteúdo televisivo das mídias de massa...

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  2. Infelizmente nem todos são assim. Ainda é minoria..

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