domingo, 6 de junho de 2010

Pais e mães tem a chave do futuro

Talvez não seja coincidência, na última década, fazer uma relação entre decadência musical (principalmente as que são produzidas aqui em terra brasilis), sexualidade precoce e depreciação da imagem da mulher na mídia. Não é pra menos, a situação do Brasil é criar as crianças dessa maneira.

"Na minha época não era assim", clamam quase todos os que possuem mais de 16 anos, e não é um bordão a toa. A minha geração (92) já é considerada uma geração de decadência e depreciação musical, mas acho que estamos chegando no limite. Não é cabível uma possível comparação de, exemplificando, os Mamonas Assassinas com o Cine. Chega a soar ridículo.

"Na minha época", festinha de aniversário pra criança de 7 anos tocava (pra alegria de um dos nossos colegas de sala) xuxa, e demais cantoras infantis. Hoje em dia se toca créu, e é normal ver as crianças saberem direitinho a coreografia. E ainda há gente que se espante que quando essas crianças completarem 15 ou 16 anos já sejam pais e mães. Não é pra menos. Ou então um daqueles funks cariocas que deixam bem claro "sou cachorra, sou gatinha", em plena época onde quer se haver um respeito a imagem da mulher, chega a soar irônico.

Mas, de quem cabe a culpa e responsabilidade por isso? De todos. Não vou nem cobrar bom senso artístico aos que compõem tais "músicas" (ao classificar isso como música, Bach e Lennon se reviram em seus túmulos), mas sim aos pais, que ainda tem o poder de controlar o que seus filhos vêem na TV, e sim, na Internet. Castigos bem aplicados, coisas do gênero, ainda sim podem ser aplicados. Excesso de liberdade pode causar libertinagem.

Não esquecendo sempre que a mídia impõe o que a pessoa vai assistir, fato, mas eles só passam o que tem audiência. A globo continuaria passando malhação se não houvesse audiência?. A TV é uma grande manipuladora do modus operandis social, isso é óbvio. O que dizer de uma novela, para jovens que (em tese) recria situações vividas por jovens em que o único intuito é: fazer tudo que for possível e desrespeitando os limites da moral pra conseguir a pessoa "amada" em busca de sexo, isso em alunos de primeiro/segundo ano do ensino médio, mas que crianças de 11 e 12 anos vêem e acabam assimilando como certo.

A tendência natural, se continuar assim, é só piorar. Vai ser comum ver mães e pais com 13 anos, o que hoje ainda assim existe mas são casos "incomuns", a ultima esperança pra uma possível mudança está nas mãos dos pais de hoje e nos de amanhã perceberem que tem a chave do futuro nas mãos, e fazer um bom uso do poder de passar educação que tem.

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