terça-feira, 25 de maio de 2010

Artigo de opinião: Mercado de resíduos



A desastrosa relação do ser humano com o meio tem pedido práticas estratégicas para a preservação ambiental. A mais nova de todas é a comercialização de resíduos industriais e recicláveis, vendidos entre países que se encarregam do destino desse material. Mas apesar de ecológico e lucrativo, esse comércio pode causar prejuízos. O mais recente exemplo aconteceu no Brasil. Em agosto do ano passado contêineres ingleses chegaram ao porto de Santos repleto de lixo, mas deveriam conter plásticos para reciclagem. O episódio causou polêmica e abriu a discussão sobre a prática e a falta de controle da mesma. O mesmo aconteceu no porto do Rio Grande do Sul, onde um dos contêineres trazia brinquedos velhos e uma mensagem: “Entregue estes brinquedos para as crianças pobres do Brasil. Lavar antes de usar”. A impressão que fica é de que há alguém ganhando dinheiro para transformar esse país num aterro sanitário do 1º mundo, ou a nossa imagem lá fora é mesmo a de um país miserável.

Há outros problemas observados, como a manipulação imprópria de detritos tóxicos por mulheres e crianças na China. O curioso é que já existe uma lei que proíbe o transporte de lixo tóxico entre países. Mas leis não são o bastante, é necessário fiscalização e punição.

Entendo o desespero do homem em reduzir a agressão ao planeta, mas é preciso cautela. O que pode parecer um avanço na proteção ambiental pode causar desastres ecológicos maiores. Regras devem ser discutidas para que as nações menos favorecidas não sejam transformadas em latas de lixo dos países de primeiro mundo.

Fontes: Site G1, Site Folha on line, Revista Istoé.

Um comentário:

  1. Gostei da sua análise Juliana!

    Realmente é um absurdo fazer com que outros países sirvam de aterro para países de primeiro mundo que devem levantar a bandeira de desenvolvimento sustentável e etc.

    ResponderExcluir