quinta-feira, 20 de maio de 2010

Artigo de opinião - Ressocialização do presidiário


PUNIÇÃO INÓCUA

A média de reincidência no Brasil chega a 85%. Mas como isso é possível? Depois de estarem abarrotados, passar por tanta coisa ruim, os criminosos recém liberados voltam para o presídio. Um lugar que segundo eles próprios, é o próprio inferno. Superlotação, morte, vingança, ódio, maus tratos, humilhação, revolta e tortura, são alguns dos problemas que eles enfrentam enquanto estão trancafiados. Embora almejem a saída da prisão, voltam para sofrer novamente.

Isso acontece porque a maioria absoluta dos presídios do Brasil age de forma errônea nas punições, que deveriam ser ressocializantes, mas não são. Dessa forma, com uma punição mal aplicada nos presídios, resulta-se em criminosos “graduados”, isso é mais perigoso, com mais ódio e revolta, de volta a sociedade.
E dentro da cadeia a vida do crime continua. É um local onde o criminoso mais conceituado, especifica as regras e valores a serem seguidos. O tráfico de drogas continua ativo, e se mata por um simples pedaço de pão, como se tanta miséria não satisfizesse. Não ha regras nem horários. Trabalho, lazer e obrigações, deveriam ser as peças da justiça ressocializante, diminuindo assim, o tempo ócio dos presos encarcerados, dessa forma, se sobraria menos tempo para pensar em fazer coisas erradas.
Com essa filosofia é que trabalha a APAC. Nas cadeias administradas pela APAC – Associação de Proteção e Assistência aos Condenados – a ressocialização do individuo preso é de grandioso sucesso. A média de reincidência é de 5% a 8%. Isso porque as regras são seguidas pelos detentos. A APAC trabalha com uma finalidade ressocializante. Nas cadeias administradas pela instituição sem fins lucrativos, os criminosos são tratados como pessoas dignas de respeito, mas não por isso, deixam de ser criminosos que devem a Justiça. É concedido com limites o lazer, um ambiente sem policiais, tempo para cerimoniais com orações, lanchonete onde a moeda não é carteira de cigarro, e sim o próprio dinheiro. É dada também a chance de se ter um emprego. Conseqüentemente a família volta a apoiar o preso, pois percebe o arrependido e obstinação do seu ente em voltar a sociedade como um cidadão respeitador.
Finalizo dizendo que a ressocialização do detento depende em absoluto de ações e medidas sócio-restauradoras dentro dos presídios. Com o arrependimento, o preso ressocializado se cura e percebe o quanto errado ele agia, antes de retornar a sociedade para uma nova jornada de vida, dessa vez com honra e sem mais crimes.


Palavras Chave: Punição; Ressocialização; Reincidência; APAC; Presidiário.


FONTES:
WWW.BAND.COM.BR/ALIGA
WWW.APACITAUNA.COM.BR
WWW.PORTAL.MJ.GOV.BR

Um comentário:

  1. Pois é, esses presídios de maneira alguma buscam regenerar os criminosos que por lá passam.
    Além de cumprir a pena eles sofrem todo tipo de atrocidade, até pelos próprios carcereiros.
    Acredito que este é mais um sistema do nosso país que não funciona da maneira correta, e no entanto, ninguém se mobiliza para modifica-lo

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